25 de Dezembro de 2014 por Renato Campos
Kobe Bryant sabe o que todo mundo já está sabendo. Seus arremessos não estão bons. As cestas que eram fáceis, não são tão simples como antes. Não é seu aproveitamento de apenas 37% que pede um descanso. Michael Jordan com 38 anos viu seu aproveitamento cair 8 pontos, de 49% para 41%. Kobe tem tido um desempenho similar estando abaixo também 8% de sua média na carreira.
O corpo pede descanso...
Não tem jeito, os arremessos vão cair menos. A idade pesa, o corpo pede descanso, é como a vida funciona para todos. O que Kobe precisa saber resolver é a parte mental de seu jogo que ele tanto soube administrar nos anos anteriores. Este é o preço de um cara que tem 24 pontos de média aos 36 anos de idade, em uma liga disputada por diversos e talentosos jovens jogadores. Apanhar dos defensores para ser o quinto maior arremessador de lances livres da NBA, tem seu preço. Kobe na maioria das vezes tem marcação dupla, e pra quem jogou basquete sabe o quanto isto é exaustivo. E exausto é uma palavra que resume muito bem no atual momento de Kobe Bryant.
... e descansar é inevitável
Kobe precisa aceitar que precisa descansar. Não acredito que seja estratégia de Byron Scott manter o jogador por mais de 30 minutos em quadra. E isso foi dito por muitas vezes pelo treinador antes da temporada começar. Kobe precisa entender que mal, ele não vai ajudar o time. Ele ficou de fora por praticamente toda última temporada, a sede de estar em quadra é grande, mas desordenadamente, pode até ser mais trágica do que como vimos no último ano (bate na madeira três vezes).
Kobe joga mais tempo que 420 jogadores na NBA
Não tem um jogador na NBA que arremesse mais que Kobe Bryant. E pra isso, Kobe joga mais do que 420 jogadores. Ele foi marcado por Andre Roberson e marcou apenas nove pontos. Ele foi marcado por Ben McClemore e errou 22 arremessos. Kobe tem sido marcado de perto, e Kobe tem sido a tática dos times adversários nos finais de partida.
Descansando Kobe: O lado bom
Já parou pra pensar que Kobe ainda está em fase de recuperação das duas contusões que o tirou da última temporada? Quase não percebemos que para muitos, a carreira de Kobe estava acabada naquela fatídica partida contra o Warriors em Los Angeles (eu estava presente e não acreditava no que estava vendo), quando ele rompeu o tendão de aquiles. Mas esta é a verdade e o Lakers precisa ter muita cautela se quer ter seu maior jogador por mais tempo. De fora, Kobe pode analisar melhor como seus companheiros estão jogando e de que forma ele pode fazer o time melhorar e o que fazer para não perder mais 22 arremessos durante uma partida.
Outro ponto positivo seria a chance de jogadores que quase não pegam na bola mostrarem algumas novas soluções. Neste caso, Jeremy Lin principalmente. Fato que o jogador não anda jogando nada esta temporada, mas pode ter certeza que a presença de Kobe inibe suas ações que na última semana disse que gostaria de ter a chance de algumas últimas bolas.
Descansando Kobe: O lado negro
Quem é que vai marcar mais de 24 pontos com Kobe de fora do time? Sem Kobe recebendo marcação dupla, aquelas bolinhas que volta e meia aparecem livres para cestas de 3 pontos de Nick Young vão sumir. Os próximos dois confrontos do Lakers são contra duas das melhores equipes defensivas na NBA: Warriors e Bulls. Os dois times conseguem conter quem carrega a bola no time adversário com facilidade. Será que Jeremy Lin sozinho, consegue se livrar dessa?
O comentarista, Stu Lantz, costuma dizer que Lin é predeterminado. E é exatamente nessas horas que ele comete seus erros.
O Lakers vai a linha de lance livre mais vezes que 25 times. Kobe tem média de oito por jogo, quinto maior na liga. Sem ele, Hill e Boozer são os únicos com jogo físico suficiente para partir pra cima da defesa e cavar faltas. O fato de criar cestas fáceis com certeza irá cair dramaticamente.
Com 19 anos de carreira, os times e treinadores já conhecem muito bem o jogo de Kobe Bryant. Este tipo de atenção sem dúvida não irá existir. E será que Nick Young está preparado para liderar o ataque do time na atual situação. Temporada passada ele foi grande destaque esem dúvida deve estar salivando por uma nova oportunidade. Agora, o que não pode é Nick Young entender que ele pode arremessar mais do que tem feito. E sua média de assistências por jogo já é praticamente nula, apenas 0.6.





